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Esta casa é uma das que se vê também na foto do post anterior. Não resisti a fotografá-la por causa de um elemento que não é muito vulgar ver nestas casas tradicionais que é o recuo, para a rua, de parte da parede que corresponde à base da chaminé. Poderá ter a função de reforçar a parede por causa do peso da chaminé, uma vez que me parece que a taipa é o material usado na construção desta casa.
Uma rua de Galveias, com as casas de arquitectura popular tradicional.
Chaminé pintada de modo original, em Galveias.
Campanários da Igreja da Misericórdia de Galveias
(Clicar sobre a foto para ver em tamanho grande no Flickr)
Esta igreja, que tem na frontaria a data de 1803, poderia passar sem ser notada se não fosse o modo como foi pintada. Ao contrário de muitas igrejas alentejanas que são pintadas utilizando o branco e uma outra cor, geralmente o amarelo e o azul, nesta foi ainda acrecentado o vermelho escuro raiado e o preto, não contado as cores usadas no escudo que se encontra por cima da janela.
Só é pena o jipe estacionado em frente da igreja...
Foi uma passagem muito breve por Ponte de Sor. A jornada já ia longa e o cansaço começava a fazer-se sentir. Mas ainda deu para ver alguma coisa. Uma visita mais demorada ficou para outra ocasião.
Quando se chega a Ponte de Sor pela estrada 119, atravessa-se a ponte sobre a Ribeira do Sor e, a montante desta, logo desperta a atenção a muito bem cuidade zona ribeirinha. As árvores despidas de folhas permitem gozar os agradáveis raios solares deste mês de Fevereiro e convidam a um passeio. Podemos também imaginar como este lugar será agradável no tempo mais quente, com as sombras das copas das árvores e o lago que se forma devido ao açude com comporta que existe um pouco mais a jusante, a refrescarem o ambiente.
A jusante da ponte encontra-se o açude e a comporta e, depois, a ribeira corre no seu leito normal. A curiosidade levou-nos a ver como era este troço da ribeira e fomos andando ao longo da margem. Subitamente, um cheiro alertou para qualquer coisa de anormal.
O cheiro desagradável provinha da descarga destes canos para a ribeira. Há aqui qualquer coisa que não bate certo. A autarquia recuperou e muito bem a zona ribeirinha a montante da ponte mas, não muito longe do espaço bonito e atraente, não há qualquer preocupação com o facto de fazer descargas de esgotos sem qualquer tratamento directamente para a ribeira. Seria desejável que o investimento feito no arranjo da ribeira incluísse sistemas que evitassem a poluição da água, não apenas na parte destinada ao lazer, mas em todo o seu curso.
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