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Uma bela chaminé mas cuja casa não resistiu ao tempo e ao abandono. A ruína está bem visível na parte do telhado que já ruiu. Um costume antigo de colocar a data de construção na chaminé, mostra a antiguidade do edifício, e o pormenor decorativo, por cima da data é de uma grande delicadeza.
Visto no Assumar.
Assumar é uma bela aldeia, que já foi vila sede de concelho, e que ainda mantém algumas casas com características da arquitectura popular do Sul de Portugal. A atestar a antiguidade da povoação, aqui se encontra a herança medieval, como é o caso da porta em arco quebrado. Muitas casas são minúsculas, encimadas por grandes chaminés, mas com o gosto pela pintura das barras que rodeiam portas e janelas, onde pontifica o ocre, contrastando com o branco das fachadas. Só é pena que algumas se encontrem em mau estado de conservação.
Há sete anos, a casa que se vê em primeiro plano estava para venda. Esta, pelo menos, não se perdeu. A chaminé continua com o aspecto original e muito interessante que, nessa altura, me chamou a atenção.
Há já alguns anos visitei o Assumar. Voltei lá no passado fim de semana. Encontrei algumas diferenças, mas poucas. Esta chaminé pertence a uma casa de que fotografei uma janela, mas, na altura, não reparei neste notável elemento arquitectónico. A casa já se encontrava com sinais de abandono e, entretanto, nota-se que o processo de ruína segue o seu inexorável destino.
Vaiamonte é uma povoação sede de freguesia do concelho de Monforte. Já lá tinha passado mas sem sair da estrada e com a velocidade normal nestas circunstâncias que não dá para ver nada.
O nome desta aldeia era-me familiar desde há muito tempo. Ouvia-o associado a uma especialização que era a arte de cortar o pêlo dos animais, sobretudo cavalos, fazendo desenhos por vezes muito elaborados.
A aldeia é relativamente pequena. Visitei-a numa fria manhã de Janeiro. O elemento que se destaca desde logo é a igreja, cuja origem remonta ao século XVI, mas com remodelações nos séculos XVIII e XX. No largo da igreja, o já habitual e triste espectáculo das árvores "podadas", reduzidas ao tronco e alguns ramos raquíticos.
Da igreja destaca-se, pela imponência, a torre sineira, muito alta mas bonita. Lá está colocado o relógio que marca a hora da manhã em lá estive.
Achei particularmente bonito este pormenor da fonte, datada de 1904. Provavelmente para compensar a simplicidade do tanque e das bicas/torneiras, foi feito um elemento decorativo pintado a azul acinzentado.
Porta ogival de rua antiga
Janela de casa popular, debruada a verde e com cortinas bordadas.
Janela com enfeite original.
A fonte que ocupa a parte central da Praça da República
Arco e rua, vistos da Praça da República
Impressionante estrutura que domina sobre os telhados.
A nova Biblioteca Municipal e o depósito da água que é um dos elementos que sobressai no conjunto do casario da vila.
A Biblioteca Municipal de Monforte.
A Ribeira Grande de Monforte, a montante da ponte romana. Neste troço da ribeira ainda se faz sentir o efeito do açude, situado a juzante da ponte. As margens da ribeira estão ocupadas por vegetação ripícola. Pela descontinuidade da vegetação que marca o trajecto da ribeira, parece que a intervenção para a construção do açude teve como consequência o abate das árvores e dos arbustos.
Em primeiro plano vê-se parte da encosta onde se situam a três igrejas. A vegetação rasteira, em parte seca, estava a ser cortada. Há uma certa desolação na forma como está ocupada esta área. A seguir a fita que marca o caminho entre duas das igrejas. É possível ver também os rails de protecção do IP2, seguidos de campos onde pastava algum gado e, marcando o fundo do vale, a vegetação que acompanha as margens da Ribeira Grande de Monforte. Para lá da ribeira, nas elevações domina o montado.
Esta foto e a anterior foram tiradas do miradouro em que termina o circuito das três igrejas. A paisagem de montado é interrompida por uma pedreira e pela respectiva escombreira.
Subindo a encosta em direcção à vila de Monforte, vindo do IP2, ao lado esquerdo da estrada deparamo-nos com três igrejas. Parece que o recinto onde estão situadas estas igrejas foi arranjado há pouco tempo. Liga-as um caminho empedrado, de modo que é possível fazer o circuito entre elas com relativa facilidade. O caminho termina num miradouro, de onde se pode observar uma bela paisagem enquadrando os templos.
No entanto, notam-se muito sinais de vandalismo. Todas as placas que identificam as igrejas foram retiradas. Na página da autarquia apenas vem referenciada a Igreja dde Nossa Senhora do Calvário.
Apesar disso, parece-me interessante ver o conjunto.
Esta é a primeira igreja a que se acede, muito perto da estrada. O portal tem características renascentistas.
Vê-se, à esquerda, o caminho que foi construído para ligar as três igrejas. Esta é a de Nossa Senhora do Calvário.
Pormenor da Igreja de Nossa Senhora do Calvário.
Esta é a terceira igreja, situada num ponto mais alto da encosta. As três igrejas formam os vértices de um triângulo, sendo esta a que se encontra a uma altitude superior em relação às outras. É preciso subir um pouco e galgar uma escadaria para lá chegar. Pode notar-se, na fotografia, o pilar que continha a placa identificadora do templo, mas que foi retirada.
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