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De Alcochete tinha a vaga lembrança de passar de carro na rua que acompanha a margem do rio Tejo, em longínquos dias quando, para ir de Lisboa para o Alentejo, se passava, neste caso, pela Ponte 25 de Abril, ou, em alternativa, pela ponte de Vila Franca de Xira.
Num dia de julho visitei esta vila, sede de antigo concelho que, no século XVI pertencia à comarca de Entre Tejo e Odiana e integrava as vastas terras da Ordem de Santiago que abrangiam os concelhos da metade ocidental do Alentejo e, a sul, nesta província, se prolongavam para oriente até à fronteira com Espanha, incluindo o concelho de Mértola.
Na parte mais antiga da vila, não pode deixar de se admirar a igreja, embora só tenha sido possível ver o exterior. Como acontece na maior parte dos casos, estava fechada. Num dia relativamente quente, foi agradável gozar a sombra das árvores do jardim junto da igreja, bem como a vista para a praça com alguns edifícios muito interessantes forrados a azulejo.
A igreja e o jardim
Casas do largo fronteiro à igreja
Viajar no Alentejo significa percorrer grandes distâncias sem encontrar nenhuma povoação. As aldeias são, em geral, de grandes dimensões. Mas há áreas que constituem exceção, como é o caso do concelho de Mértola, com uma antiga dispersão do povoamento.
Na estrada que liga Portel a Mértola, surge supreendentemente, numa elevação, uma igreja e um pequeno aglomerado de casas. Trata-se de Vale de Açor de Cima. Não se via ninguém por ali.
Segundo informação existente no local, A Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Orada "foi erigida no século XVIII, de estilo rústico alentejano, feito de raiz exceptuando a sacristia que remonta à época de quinhentos.A frontaria, de empena triangular e janelão marmóreo,é protegida por vulgar alpendre. A fachada lateral norte é flanqueada por potente torre, de cúpula bolbosa e gigante coberto de telha".
Pormenor do gigante lateral da igreja.
Igreja Matriz de Casa Branca, dedicada a Nossa Senhora da Graça. Datada do século XVIII, tem um portal neoclássico em granito. O interior também terá o seu interesse, mas não foi possível visitá-lo porque, como é mais ou menos habitual, as igrejas encontram-se encerradas.
Segundo informação recolhida no local, a igreja de Arcos, consagrada a Santo António, terá sido fundada no século XV ou início do século XVI. Há notícias da sua existência no início do século XVI e alguns dos seus elementos são atribuídos a esta época, nomeadamente, o portal de mármore, debaixo do alpendre frontal e os azulejos que se encontram no interior. Não foi possível ver o interior do templo, dado se encontrar encerrado.
Na torre mais baixa, um nicho encerra a imagem de Santo António.
O portal de mármore que se encontra debaiso do alpendre.
A torre sineira e do relógio.
Num dia de chuva, de regresso da região de Lisboa, fomos espreitar a aldeia de S. Bento do Ameixial. É uma povoação muito pequena, na qual se destaca a igreja, de arquitectura popular. Provavelmente, a igreja original terá sido acrescentada em cada um dos lados, com as edificações que se vêem na foto, mas que não acompanham toda a parede lateral do templo. As traseiras mantêm a dimensão original e, na frontaria, a fita vertical pintada a azul, sugere o limite da primitiva igreja.
Apesar do dia cinzento, sobressai a brancura das paredes caiadas da igreja.
Nas traseiras, em cada um dos ângulos do edifício, a estrutura é reforçada por estes elementos.
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