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Amieira do Tejo é uma das freguesias que pertence, actualmente, ao concelho de Nisa. Já foi concelho e fazia parte dos domínios do Priorado do Crato - Ordem Militar do Hospital ou de Malta-, que se estendiam desde o concelho do Crato e se prolongavam para noroeste integrando as vilas e respectivos termos, de Tolosa, Comenda, Gavião e Amieira, na margem esquerda do Tejo, e Belver, na margem direita, e ainda os julgados do Envendo e do Carvoeiro. Estes últimos pertenciam, segundo o Numeramento de 1527-1532, à comarca da Estremadura e os primeiros à comarca de Entre Tejo e Odiana (Alentejo). É curioso verificar que, na actual divisão administrativa, Belver faz parte do concelho de Gavião, prolongando para a margem direita do Tejo o distrito de Portalegre, ou seja, manteve-se a unidade territorial herdada do Priorado do Crato. Envendos e o Carvoeiro, por outro lado, pertencem ao concelho de Mação.
Segundo o Numeramento, a vila da Amieira tinha 222 moradores - cerca de 900 habitantes - e era a segunda mais populosa, dos domínios do Priorado, logo a seguir à vila do Crato. Na informação contida neste documento consta ainda que possuía um castelo em bom estado de conservação.
Do alto da colina onde se situa a Capela do Calvário, avista-se a vila de Amieira do Tejo. Desde logo se observa uma aspecto importante: ao contrário de muitas das vilas fortificadas, as quais se encontram alcandoradas no cimo de montes, o castelo de Amieira e a parte mais antiga da povoação situam-se num vale.
Vista de Amieira do Tejo, a partir da Capela do Calvário, vendo-se o castelo e a torre da igreja matriz
Quando se chega próximo da vila de Amieira do Tejo, no cimo de uma colina, esta igreja domina a paisagem. É um ponto de observação importante para a visita que se irá fazer a seguir.
"Erigida graças à vontade expressa em testamento de Vaz Caldeira, sargento-mor da Amieira, a capela ficou pronta em 1740. O interior, coberto por abóbada de berço, é composto por capela-mor, dois altares laterais e altar-mor todo de granito da região. Foi decretada imóvel de interesse público em 1950". História das Freguesias e Concelhos de Portugal. Vol. 12. Ed. Quidnovi.
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