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Foi uma visita puramente acidental. Não tinha qualquer intenção de passar por Alpalhão, mas as peripécias ligadas à necessidade de encontrar um restaurante levaram-me até esta povoação.
O projecto era visitar o Crato e, eventualmente, algumas das aldeias do concelho. Mas as coisas começaram a correr mal porque fomos no feriado de 25 de Abril e havia uma grande movimentação na vila. Depois de vários contratempos como ter de seguir a passo de caracol atrás de um pelotão de ciclistas, pôs-se o problema do almoço. A primeira opção foi Flor da Rosa. Mas o restaurante estava de tal modo congestionado que logo desistimos. Seguindo uma indicação de quem conhece bem a região, decidimos ir para Gáfete. Só que não apanhámos a estrada certa e fomos parar a Alpalhão.
O restaurante para onde nos dirigimos estava com uma fila de espera que não augurava nada de bom para quem já tinha passado da hora habitual de almoço. Seguimos então o conselho de um habitante da terra para irmos para outro na estrada que liga a Castelo de Vide. Foi uma decisão acertada porque no Apalhoense fomos bem atendidos, a demora foi pouca e a comida estava boa.
Depois do almoço deu para observar as proximidades do restaurante. Desde logo me chamou a atenção a antiga escola porque me lembrou a que frequentei na instrução primária e que, infelizmente, foi destruída para dar lugar a um prédio moderno. Esta tipologia de escolas, construídas durante a 1ª República, tinha grandes salas de aula, iluminadas pelas janelas, bem rasgadas na fachada. Também contemplava a residência de professores. O sino é o antepassado das campaínhas eléctricas das escolas actuais.
Muitas delas foram desactivadas. Em Alter do Chão, o grande edifício das escolas já foi quartel de bombeiros e no Crato, a única que resta foi adaptada para ali funcionar a sede da banda filarmónica.
Esta, pelos vestígios observados nas janelas, desempenha ainda funções educativas.
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