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Foi anunciado pelo Ministério da Educação que vão deixar de se fazer as provas globais a que tinham de se sujeitar os alunos do 9º ano. Logo vieram alguns protestar contra a sua extinção, porque assim se estava a fomentar o facilitismo, porque haveria menos rigor na avaliação dos alunos nas disciplinas não sujeitas a exame.
Para que serviam as provas globais? A intenção seria verificar se os alunos tinham adquiridos as competências básicas previstas nos programas, uma vez que as avaliações parciais incidem, normalmente, sobre temas ou parte da matéria das disciplinas. É evidente que a bondade das provas era muito discutível porque dependia do modo como eram elaboradas. No entanto, o seu peso em termos de classificação final era reduzido, não alterando significativamente o seu resultado.
Desde que foram introduzidas, verificou-se que tinham aspectos negativos. Retiravam um período de tempo significativo às actividades lectivas e, mesmo que as aulas continuassem após a sua realização, os alunos não estavam psicologicamente disponíveis para continuar o processo de aprendizagem, tornando-se para os professores difícil gerir esta situação. Além disso, como sempre foram conotadas com os exames, durante o período em que eram realizadas, os alunos só se preocupavam em estudar para aquela que iria ser realizada a seguir e que incluía todos os conteúdos da disciplina (embora na prova só estivessem presentes alguns). Como não havia interrupção das actividades, os alunos tinham de frequentar todas as aulas, com os professores a tentarem ensinar novas matérias. Era um período muito pouco produtivo e que implicava um processo burocrático bastante pesado.
Curiosamente, quando foram decretadas, houve muitas vozes a protestar contra as provas globais. Agora que foram abolidas também há protestos.
Começa a ser cansativo o que se passa na educação porque muitos dos que protestam quando as "inovações" são adoptadas, também protestam em sentido contrário quando elas são retiradas.
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