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Casa dos azulejos

por Júlia, em 24.11.07

Não, não fiz uma viagem à Beira Litoral, onde há uns tempos pude observar casas arquitectónicamente parecidas com esta. Continuo no Alentejo.

Esta casa constitui, de facto, uma nota dissonante numa das ruas mais bonitas de uma bela vila alentejana: Fronteira. Nesta rua, a casa dos azulejos contrasta vivamente com as outras casas brancas, com cantarias de mármore nas ombreiras das portas e janelas e as sacadas com grades de ferro forjado de belos e diversificados desenhos, constituindo um dos conjuntos mais harmoniosos e ricos que pude observar.

 

 

Esta casa fez-me lembrar a polémica sobre a introdução de estilos arquitectónicos diferentes dos tradicionais em cada região. Esta questão não é nova. As casas dos "brasileiros torna viagem", emigrantes portugueses enriquecidos no Brasil, foram objecto de troça e consideradas de mau-gosto; com o passar do tempo, são agora apreciadas e adquiriram o estatuto de património a preservar. Também foi grande o alarido à volta das casas genericamente designadas "estilo maison" que os nossos compatriotas emigrantes em França e noutros países europeus construíram com o fruto do seu trabalho e das economias que conseguiram amealhar. Neste caso, sempre entendi que a intenção não era ostentar nem chocar, mas reproduzir os níveis de conforto que tinham encontrado nos países de acolhimento, em nítido contraste com as características das casas tradicionais das suas regiões de origem.

Esta casa de Fronteira deve ter uma história e não me choca que seja tão diferente das outras de traça claramente alentejana.  

 

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publicado às 15:53


8 comentários

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De kaska a 25.11.2007 às 10:01

Continuação de bom trabalho.
O kaska deseja a este blog um bom domingo e uma excelente semana com mais postagens.
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De Júlia a 25.11.2007 às 15:50

Agradeço e desejo também que continuem a ter a coragem de lutar pela melhoria da vossa terra.
Uma boa semana.
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De daplanicie a 25.11.2007 às 11:21

É nestas diversidas que reside a beleza do nosso país!
beijinhos
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De Júlia a 25.11.2007 às 19:22

Amiga, adorei esta terra. Tenho uma grande quantidade de fotos e, tenho a certeza, ainda ficou muita coisa para ver. Acho que ainda lá vou voltar.
Um dia destes também quero ir à nossa terrinha. Talvez antes do final do ano.
Beijinho
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De Sertorius a 26.11.2007 às 12:06

Curioso. Na semana passada estive em Fronteira e estive(mos) a observar e a falar dessa mesma casa.
Não deixa de ser curioso que essa tipologia construtiva também teve alguma expressão nas ilhas.

Cumprimentos e boas deambulações.
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De Júlia a 26.11.2007 às 16:17

Agradeço a visita e o comentário.
Apesar de algumas características regionais, os estilos arquitectónicos estão mais ou menos disseminados pelo território, em consequência dos movimentos migratórios. E as ilhas reflectem a origem das pessoas que as povoaram. Quando estive em Ponta Delgada, a cidade pareceu-me muito familiar.
Cumprimentos.
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De Tozzola a 24.01.2008 às 20:46

Essa casa era o Colégio Rainha Santa, que tinha regime de internato, num edifício nessa mesma rua, sensivelmente a meio. Era, nas décadas de 60/70 frequentado por muitos rapazes e raparigas de todo o Alentejo. Não era originalmente uma escola; sem certeza acho que tinha a ver com uma ordem religiosa.
Neste link ( http://www.jornalfontenova.com/index.php?option=com_content&task=view&id=823&Itemid=161 ) está um pouco da história.
E estive no almoço do Sol em Alcochete. Mas sem grandes alaridos.
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De Júlia a 25.01.2008 às 18:37

Agradeço a sua informação. Já fui ver o Jornal Fonte Nova.
No entanto, não tive muita preocupação com a função do edifício, mas com a nota dissonante que ele representa no conjunto das casas desta rua.
Lembro-me de si no almoço. Cumprimentámo-nos já no final.
Também não contactei com muita gente: foi sobretudo com as pessoas que ficaram na mesma mesa.
Cumprimentos

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