Atrás da casa havia uma azinhaga. No Inverno, as pedras soltas de granito dos muros cobriam-se de musgo, de fetos e de uma planta de folhas peltadas e carnudas a que chamávamos filhós, por se assemelharem aos tradicionais fritos de massa, próprios da época do Natal. Nalguns pontos dos muros, cavalgavam silvas que, no Verão, nos proporcionavam a colheita das deliciosas amoras.
Provavelmente essa azinhaga já não existe, engolida pelo alastramento da área urbana. Lembro-me dela sempre que encontro outras azinhagas. Como esta em Amieira do Tejo.
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