Quinta-feira, 23 de Setembro de 2010
Casa de arquitectura popular, com a particularidade de ter telhado de uma água, quando, o mais comum, são os telhados de duas águas. Encontra-se no largo onde se situa o castelo e, o facto de apresentar este tipo de telhado, talvez se justifique pela acomodação da casa ao declive do terreno.
concelhos e outros temas: nisa
Mais uma bem apanhada neste blogue!
Cumprimentos.
De
Júlia a 24 de Setembro de 2010 às 19:25
Esta não me podia escapar.
Cumprimentos
Júlia, o que eu mais admiro no blog é a sua sensibilidade para fotografar o que passa despercebido às pessoas que só se interessam por grandes igrejas e castelos.
São as fotos das casas "reais" em que as pessoas moram, construídas dentro do possível, como se não fossem obras humanas, mas obras nascidas do tempo.
As casas que você fotografa quase passam a humanidade das pessoas que as construíram e das que as habitam.
É impossível não imaginar o construtor dessa da foto, que provavelmente foi alguém sem muitos conhecimentos técnicos, mas que criou as soluções possíveis para o declive do terreno.
Meus parabéns e um abraço.
JR.
De
Júlia a 24 de Setembro de 2010 às 19:24
O que me interessa sobretudo, nas minhas viagens por estas pequenas povoações alentejanas, é fotografar o que está em risco de desaparecer. A maior parte destas casas não correspondem aquilo que consideramos o mínimo exigível para habitação. A maior parte delas estão desabitadas. Nalguns casos são reconstruída e duas coisas podem acontecer: ou mantêm a traça original e são modernizadas por dentro, ou são substituídas por casas completamente diferentes. Tudo depende da política seguida nos vários municípios de preservar ou não a arquitectura tradicional.
Abraço
Júlia
De
Luiz a 25 de Setembro de 2010 às 15:33
Gostei da substância destes comentários.
Embora não seja o propósito declarado deste blogue, seria interessante discutir sobre o modo como a arquitectura vernácula pode ser adaptada às actuais normas de construção e habitabilidade.
De
Júlia a 26 de Setembro de 2010 às 14:55
Bom, como leiga, parece-me que a arquitectura actual não pode limitar-se a fazer cópias da vernácula. Cada época tem a sua estética e as vilas e cidades com alguma dinâmica, refletem exatamente essa evolução. O que me parece importante é, na recuperação das casas antigas, adotar normas que permitam respeitar o que existe, pelo menos no aspecto exterior, e remodelá-las de modo a que correspondam às exigências de habitabilidade actuais.
Conheço alguns casos de sucesso. Casas antigas e desconfortáveis, tornadas acolhedoras e funcionais.
De
Luiz a 26 de Setembro de 2010 às 18:51
Já somos dois leigos, mas eu creio-me mais.
O meu pensamento ia por aí. As construções novas, nas zonas onde sejam autorizadas, deviam ter normas que moderassem (ou impedissem) a proliferação de barbaridades que têm como pretexto "o antigo".
Por outro lado, a adaptação das construções antigas às normas actuais nem sempre é possível sem introduzir algumas alterações, de dimensões, p.ex ..(Em todas as épocas se procedeu a ampliações). Até onde é que é lícito ir com esse compromisso, era essa a questão que eu punha. Não pode ficar ao critério de cada um...
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