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Chafariz
Chafariz Mono
Numa rua
Mais penedos sobre penedos
Penedos e construções
Noutras paragens fazem-se estas guardas em madeira; aqui o granito é rei.
Escada flutuante
Penedos sobre penedos
Antigas pocilgas, hoje desactivadas porque os habitantes já não criam porcos.
Em muitas ruas a presença de grandes blocos de granito, por vezes integrando a estrutura das casas.
Passada a ponte sobre o Tejo, rumámos para o nosso destino, ainda em território espanhol. A opção deste percurso teve o seu quê de caricato e revela a política seguida por algumas empresas. Pouco passava das 5h quando tentámos abastecer o carro de gasolina no posto local que, segundo consta na informação afixada, está disponível 24 horas, utilizando o multibanco; tal não foi possível porque a funcionária, que já lá se encontrava, tinha desactivado a máquina e disse que só podia abastecer a partir das 6h. A solução foi ir a Badajoz, o local mais próximo com a garantia de encontrarmos bombas de gasolina abertas. Consultado o GPS, indicou-nos que o caminho mais rápido era por Espanha. E eis-nos a caminho de Monsanto, mas, com todos estes percalços, onde não chegaríamos a tempo de fotografar com a luz do amanhecer.
Monsanto será, provavelmente, uma das aldeias portuguesas mais fotografadas. No entanto, entre as imagens conhecidas e a realidade que resulta de uma visita demorada, há uma grande diferença. No meu caso, imaginava-a mais pequena. E as fotografias não lhe fazem justiça. É muito mais bonita. Fiz muitas fotos, subindo e descendo as íngremes ruas da aldeia, desde a manhã até ao pôr-do-sol, com uma interrupção para visitar Idanha-a-Velha. Irei publicando algumas nos próximos dias.
Depois da subida do monte-ilha (o inselberg das minhas lembranças geográficas), a paisagem a norte de Monsanto, iluminada pelo Sol nas primeiras horas do dia.
A primeira visão da aldeia, ainda na estrada que lhe dá acesso.
A Torre do Relógio destaca-se das casas apenas pela altura porque o material de construção é o mesmo: o granito.
Perto da ponte romana de Alcântara, está assinalado um caminho: Cañada Real de Gata. Antes de chegar a este local, vindo de Badajoz, foi possível ver, pelo menos, mais uma cañada sinalizada. Estes eram os caminhos que os gados transumantes tinham obrigatoriamente de percorrer, nas deslocações sazonais: no inverno, no sentido das pastagens a sul; no verão, em buscas das terras altas, mais húmidas e com mais abundância de alimento para os rebanhos de ovelhas. Em Portugal também existiam as canadas, rotas que incluiam caminhos murados para proteger os campos, e áreas mais vastas onde era possível o gado pastar.
Manhã de dia 9 de dezembro. Denso nevoeiro sobre o vale do rio Tejo. A ponte romana de Alcântara, na Extremadura espanhola, emerge com dificuldade da forte condensação e a visibilidade é muito fraca. Os faróis de alguns automóveis que por ali passam, interrompem a quietude que a imagem sugere.
A mancha escura na base dos arcos da ponte, faz adivinhar o rio.
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