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Vista de Terena, a partir do castelo.
Terena é uma povoação, sede de freguesia, do concelho do Alendroal. Situa-se no cimo de uma colina, dominada pelo castelo, cuja construção data do século XV, embora a vila seja mais antiga pois recebeu foral em 1262 (Informação de História das Freguesias e Concelhos de Portugal).
Terena constituíu para mim uma agradável surpresa. Acontece muitas vezes visitar um local com expetativas muito elevadas e elas serem completamente goradas. Neste caso, não tinha qualquer ideia preconcebida e o que pude observar leva-me a dizer que vale mesmo a pena visitar Terena, com toda a calma e tempo para apreciar o conjunto da vila e os seus pormenores. Aliás, o núcleo antigo é relativamente pequeno, não exigindo uma permanência muito prolongada.
O acesso é fácil, uma vez que é possível estacionar o automóvel na praça que dá acesso ao castelo. Este pode ser visitado e, subindo até ao cimo das muralhas, pode observar-se um vasto panorama, de que se destaca a vista sobre a vila.
Na placa que se encontra no local. lê-se: "Capela edificada pelos monges-cavaleiros da Ordem do Templo que participaram na reconquista da praça-forte de Monsaraz, está localizada no lado nascente do sopé da colina, tem forma hexagonal e 5,30mX5,30m de medidas interiores. A abóbada gótica é elevada e uma galeria de pequenos arcos abatidos liga ao falso trifório.
No século XVII, provavelmente, foi acrescentado o corpo da nave, construído em alvenaria e com telhado de duas águas."
Há pouco mais de um mês tive de me deslocar a Reguengos de Monsaraz para avaliar se era importante fazer da cidade um ponto de paragem numa visita de estudo. Várias vezes passei junto de Reguengos de Monsaraz, mas sem nunca ter entrado, o que significa que ia mesmo em viagem de reconhecimento.
A cidade tem todas as características de um centro urbano recente. Nasceu à sombra de Monsaraz, vila fortificada e alcandorada, sobranceira ao vale do Guadiana e, para Oeste, com uma vasta paisagem a perder de vista, onde predomina a planura. A decadência de Monsaraz, devido à fraca acessibilidade e ao declínio da importância da sua função defensiva, motivaram o desenvolvimento de uma povoação na planície, Reguengos de Monsaraz, cuja origem teria ocorrido no século XVII.
A cidade não tem muitos motivos de interesse. A Igreja de Santo António é apontada como um dos poucos munumentos importantes, mas a sua construção data do século XIX. Em frente da igreja, localiza-se o edifício dos Paços do Concelho. No largo, destaca-se a triste sina das árvores, mutiladas por podas sucessivas, de que as cicatrizes são testemunhas. Nem os Verões quentes e longos, sensibilizam os "cortadores de árvores" da necessidade de as deixar crescer para proporcionarem a sombra que, por estes dias, ameniza as elevadas temperaturas e protege do sol abrasador.
Para os geógrafos, os sítios altos são os locais privilegiados para observar a paisagem. Os sítios altos eram também ideais para a construção de castelos e de povoações cuja função principal era a defesa.
Do castelo de Montemor-o-Novo, edificado na maior elevação desta área alentejana, fazendo jus ao seu topónimo, divisa-se, na linha do horizonte, a planura que caracteriza esta região. Nos arredores, capelas, igrejas ou conventos, coroam muitas vezes os cumes das elevações. Os campos revelam uma ocupação agrária antiga, ora limpos, com predomínio dos cereais, ora arborizados, de que se destaca a cultura da oliveira e o montado de azinheira ou de sobreiro, remanescentes da vegetação espontânea caracteristica das regiões de clima mediterrâneo.
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