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Nas casas de Alpalhão, muitas com dois pisos, têm como característica o granito que enquadra portas e janelas, além de predominar o branco e o amarelo nas fachadas. No entanto, ainda existem algumas casas muito modestas, certamente mais antigas, de um só piso, com apenas uma abertura, a porta, e uma grande chaminé.
Este poema de Miguel Torga, testemunha a passagem do poeta pela vila alentejana.
Insónia Alentejana (Alpalhão, 1/11/52)
Pátria pequena, deixa-me dormir,
Um momento que seja,
No teu leito maior, térrea planura
Onde cabe o meu corpo e o meu tormento.
Nesta larga brancura
De restolhos, de cal e solidão,
E ao lado do sereno sofrimento
Dum sobreiro a sangrar,
Pode, talvez, um pobre coração
Bater e ao mesmo tempo descansar…
Miguel Torga
Na rua de que se vê o início do lado esquerdo da fotografia, cujo nome é Rua da Cadeia, ainda se podem ver as janelas gradeadas das salas que serviram de base a este topónimo.
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