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Torre da Igreja de São Pedro em Gouveia
A Rua Direita de Gouveia situa-se fora do núcleo mais antigo da cidade, assim como as principais igrejas, a de São Pedro e a da Misericórdia, localizadas em dois dos lados da Praça de São Pedro. A rua parte exactamente desta praça e nela se encontra a interessante Fonte do Assento e a Casa da Torre com uma impressionante janela manuelina.
As ruas do centro histórico, sendo as principais concêntricas em relação ao Largo do Castelo, onde, aliás, não se pode observar castelo nenhum, respiram a tranquilidade das velhas povoações, pouco adequadas ao movimento automóvel. É até perigoso alguém aventurar-se com automóveis por estas ruas, como pude verificar quando uma condutora se viu em dificuldade para resolver um problema de impossibilidade de continuar por uma destas vias estreitas e sinuosas.
Se há algumas casas com visíveis sinais de estarem abandonadas, a ideia com que se fica é de uma cidade que recupera o seu património construido.
Às primeiras horas da tarde de um dia de Maio, a quietude das ruas desertas, as casas pintadas de branco, intercaladas aqui e ali por algumas de granito sem reboco, os muros onde se adivinham os quintais pelas árvores que sobre eles espreitam, transportam-nos para outro tempo muito diferente da agitação que caracteriza aquele em que vivemos. E a montanha sempre presente e que se avista, deslumbrante neste final de Primavera, a cada nesga que interrompe a barreira do casario.
Para uma alentejana um dos aspectos que mais atrai a atenção é a abundância de água que aqui se pode observar nos rios, ribeiras e nas fontes.
No mês de Maio a Ribeira de Gouveia corria em cascata vinda do alto da serra e, na sua margem, ainda se podia vislumbrar um antigo moinho, meio escondido pela exuberante vegetação.
Das três fontes assinaladas num mapa obtido na loja do turismo local, fixei duas, porque o tempo foi curto para poder visitar mais demoradamente a cidade.
Fonte do Assento
Fonte do Tinoco
Como diz José Saramago no livro Levantado do Chão, "O que há mais na terra é paisagem", e claro que há muita mais paisagem para lá do Alentejo, região tema deste blogue. Como no anterior post estava já na margem direita do Tejo, logo nas Beiras, irei durante algum tempo vaguear mais ou menos longe da minha região.
Gosto de fotografar casas. Esta estabelece o contraste com as que tenho fixado em terras alentejanas. Granito aparelhado, janelas de guilhotina e alpendre de madeira. E vasos com plantas quase fazendo de rodapé. Uma típica caisa beirã, primorosamente recuperada.
Casa no centro histórico de Gouveia.
Numa manhã de Maio o vale do rio Tejo estava coberto por denso nevoeiro, marcando bem a separação entre as terras beirãs e as alentejanas.
Vegetação ribeirinha e reflexo nas águas tranquilas do rio.
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