Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Em Montemor-o-Novo, na estrada que conduz a Lavre, com a data de 1893 inscrita sobre o portão.
Pequena e modesta capela dedicada a Nossa Senhora da Nazaré. No interior, um pequeno altar com duas imagens, sendo o resto do espaço ocupado por duas fiadas de bancos.
Um comentário feito pelo senhor António Carvalho, natural de Barbacena, alertou-me para a existência de uma fonte parecida com a que tenho no cabeçalho, a fonte de Perofilho, no Crato.
Já tinha visitado demoradamente a vila de Barbacena, mas nunca tinha percorrido a estrada que conduz a Elvas. Isto prova que nunca se consegue ver tudo o que tem interesse numa povoação. Mas o facto é que, em muitos casos, não existem indicações no local a chamar a atenção para determinados aspectos que merecem uma visita. E o chafariz de Barbacena merece bem ser destacado.
Logo à saída de Barbacena encontra-se este notável e monumental Chafariz de Nossa Senhora da Nazaré.
Segundo a placa que se encontra no local, o chafariz foi construído nos anos de 1935 e 1936. Tem um conjunto de três bicas, uma que deitava a água para o tanque central e as outras duas dispostas simetricamente em cada um dos lados e que deitavam a água para uma espécie de grandes taças
.
O chafariz, vendo-se ao fundo a capela de Nossa Senhora da Nazaré.
A carranca central.
Uma das carrancas laterais.
Segundo informação recolhida no local, a fundação da ermida é desconhecida. O estilo é renascentista, com um alpendre do século XVII e ábside do século XV. O interior tem uma planta rectangular.
O cruzeiro é de granito e tem inscritas, na base, duas datas: 1748 e 1867.
Sabendo-se que a vila foi uma das terras alentejanas mais afectada pelo terramoto de 1755, talvez estas duas datas tenham algum significado relacionado com a catástrofe.
Esta antiga vila sede de concelho foi reintegrada no concelho de Montemor-o-Novo quando da reorganização administrativa do século XIX.
O edifício da Santa Casa da Misericórdia tem inscrita a data de 1869 por cima da porta lateral, data em que, provavelmente, o concelho já teria sido extinto.
A entrada principal do edifício da Santa Casa da Misericórdia de Lavre.
O declive da rua é vencido através da construção de escadas exteriores que dão acesso à porta de entrada da casa.
Casa azul com roupa a secar.
As casas aqui não têm um interesse particular e até há uma, à direita, junto do sinal de trânsito, que prima por exibir azulejos tipo-casa-de-banho na frontaria, fruto de recuperação de casas que me parece não obedecer a quaisquer critérios nos materiais e nas modificações introduzidas. Este tipo de casas está muito divulgado nas terras alentejanas e faz um contraste chocante com as casas que mantêm a traça e os materiais tradicionais.
O que aqui me chamou a atenção foi o muro da casa de gaveto e a pintura dos tijolos que o decoram.
Casa de arquitectura popular impecavelmente restaurada.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.