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Porta de casa na Rua da Sobreira
A abundância de granito explica a utilização destes grandes blocos nas ombreiras da porta. Na vila e arredores, o granito aflora à superfície. Na travessa de S. Sebastião, a base de um muro assenta sobre afloramentos rochosos visíveis. Conheci também uma casa em que a construção das paredes interiores se fez sobrepondo-as à rocha que se erguia até meia altura do pé alto.
Travessa de S. Sebastião
Casa numa das ruas do centro histórico: a Rua da Sobreira
A antiga cadeia é hoje ocupada pela Biblioteca Municipal. Em meados do século XX ainda tinha a função de cadeia e era frequente ver grupos de ciganos junto do edíficio, carpindo a mágoa de ter algum familiar preso.
A Rua Serpa Pinto, com os seus pequenos canteiros de plantas. A partir do cruzamento, segue-se a Rua 5 de Outubro, antiga Rua da Cadeia.
Não gosto de falar do castelo do Crato. Sinto uma profunda mágoa por ver o património, que deveria ser de todos, nas mãos de um particular que tem feito o que quer, descaracterizando as ruínas que guardam as memórias de parte da história da vila.
Tirei só esta foto porque o resto é demasiado triste de ver.
Olhando a fachada da igreja matriz, fica-se com uma ideia de sobriedade apenas quebrada pela imponência da torre sineira. No interior, as colunas de granito sustentam a estrutura do edifício. A capela-mor e as que a ladeiam são produto do período barroco e estão cobertas de exuberante talha dourada. Na capela do lado direito encontra-se uma imagem notável, uma Nossa Senhora da Piedade, sentada com o Filho nos braços. Nas paredes, entre as capelas laterais, podem ver-se painéis de azulejos figurativos do século XVIII.
Pela minha descrição, poderá concluir-se que a igreja estava aberta. Nada mais errado. Estava fechada, facto que já não é de estranhar, pois é o que se verifica na maior parte das terras que tenho visitado. As observações que faço resultam de uma consulta ao meu baú de memórias e de ter frequentado esta igreja durante alguns anos da minha vida.
No entanto, o exterior da igreja tem pormenores que vale a pena registar.
É preciso rodear a igreja e visitar as traseiras para poder admirar um conjunto de figuras talhadas no granito. Monstros, figuras fantásticas, que lembram a Idade Média. Como se pode ver na parte direita da foto, o exterior da igreja está em obras de recuperação. É sempre com satisfação que noto uma preocupação das entidades responsáveis, de algumas vilas e cidades, pela preservação do património.
Outra das cornijas com a figura que prolonga o ângulo e o conjunto escultórico que se destaca na vertical.
As quatro figuras que prolongam o ângulo da cornija são todas diferentes. Devido à posição do Sol, apenas consegui fotografar três delas. Ao fim da tarde, esta era iluminada a partir do quadrante Oeste.
A figura anterior, vista com mais pormenor. Esta é que se encontra mais erodida.
A água da fonte de Beringuel era, em meados do século XX, uma das mais apreciadas pela sua qualidade. Mesmo havendo já um sistema de distribuição de água ao domicílio, esta continuava a ser muito concorrida. Eram sobretudo as mulheres que se encarregavam de vir buscar água à fonte para beber, transportando-a à cabeça, em cântaros de barro fabricados em Flor da Rosa. Para os outros fins, a água da torneira era utilizada. Mas estranhava-se o gosto que advinha dos produtos usados para a tratar.
Esta fonte fica fora da vila, sensivelmente a meio de uma encosta. A ela se acedia por uma calçada que hoje ainda existe, com um declive ligeiramente acentuado. Foi, entretanto, construído um outro acesso utilizável pelos automóveis que serve as casas que aqui existem.
Na fonte está uma placa que avisa que a água não é potável. Mas a estrutura mantém-se e parece ser objecto de cuidado e preservação deste património que, em minha opinião, tem um elevado interesse histórico e arquitectónico.
A Procissão dos Pendões foi abrilhantada por três bandas filarmónicas.
A banda da Associação de Cultura e Recreio Musical 1º de Dezembro, de Campo Maior, preparando-se para dar a volta à praça e integrar-se na procissão.
A Banda Filarmónica 14 de Janeiro, de Elvas, numa pausa em que apenas se ouvia o ritmado das caixas, atrás da procissão dos pendões das freguesias rurais.
Momento de descanso, na praça, dos elementos da Banda Filarmónica Redondense. O calor era muito e esperava-os uma longa procissão.
Os instrumentos da banda do Redondo também tiveram direito ao descanso.
No sábado, dia 20 de Setembro, assisti a uma grandiosa manifestação religiosa, integrada nas Festas do Senhor Jesus da Piedade. Trata-se da procissão dos pendões, a qual inicia a tradicional romaria do Senhor Jesus da Piedade.
O início de uma parte da procissão que sai da Igreja de Nossa Senhora da Assunção, antiga sé de Elvas, com os pendões que aqui se concentraram, oriundos das várias congregações e freguesias da cidade, a que se juntou uma representação de Campo Maior, com o pendão de Santa Beatriz da Silva..
A segunda parte da procissão, com os pendões das frequesias rurais, caminhando na direcção da primeira até se formar uma única.
Um aspecto da procissão, já perto do limite da cidade, interior às muralhas, e a caminho do santuário do Senhor Jesus da Piedade que fica nos arredores.
O pendão de Nossa Senhora da Assunção
O pendão de Santa Beatriz da Silva
O pendão de Nossa Senhora do Carmo
O pendão de S. Vicente
Hoje, pouco depois do Sol nascer.
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