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Casa no interior do castelo
Casa numa rua da vila.
O branco da cal contrasta com a cantaria de porta e da janela, curiosamente desalinhadas. A roseira no pequeno alegrete e o banco de pedra.
As principais ruas de Marvão desenvolvem-se perpendicularmente em relação ao castelo. Como a plataforma em que assenta a vila vai diminuindo de altitude do quadrante Sul para o quadrante Norte, estas ruas dispõem-se como em degraus, mas com declive ligeiramente acentuado de Oeste para Leste. As ruas longitudinais são ligadas por outras que, muitas vezes, para vencer a diferença de altitude, são constituídas por degraus.
Apesar de ser uma vila pequena, percorrê-la exige algum esforço e persistência para vencer a irregularidade da sua configuração.
Nas ruas principais, as casas muito brancas contrastam com o granito das cantarias que enquadram janelas e portas, de cor escura. Há aqui também o hábito de cultivar plantas quer em vaso, quer em pequenas aberturas na calçada ou alegretes, junto da frontaria. Roseiras, gerânios, cravos e, sobretudo, hortênsias, animam as ruas e as casas.
Nas minhas deambulações fotografei algumas ruas e pormenores. Estas fotos são apenas apontamentos que não conseguem revelar toda a beleza da vila.
Uma rua do extremo Leste da vila. Uma árvore morta no quintal de uma casa e, ao fundo, adivinha-se a paisagem de elevações que limita o horizonte.
Uma das ruas da vila.
São vários os arcos que pontuam as ruas de Marvão. Neste, a passagem superior faz a comunicação entre uma casa e um jardim.
Confluência de ruas
Vista a partir das muralhas, para Sudeste. Elevações da Serra de S. Mamede.
Vista do castelo. O afloramento rochoso marcará o ponto mais alto da serra do Sapoio. Pormenor das muralhas seiscentistas vendo-se uma das guaritas do castelo.
Marvão está situada no cimo de uma elevação, designada serra do Sapoio, que se desenvolve aproximadamente de Noroeste para Sudeste. A vila está toda rodeada de muralhas medievais com alguns acrescentos de fortificações seiscentistas. O castelo ocupa a parte de maior altitude, precisamente o limite Noroeste.
O castelo assenta sobre o afloramento rochoso. À direita, a torre da igreja de Santa Maria e, a seguir à muralha, um dos jardins da vila.
Porta no interior do castelo
Pequena porta no interior do castelo
No interior do castelo
Portas da vila, a única entrada na vila de Marvão
Não me lembro de há quanto anos não visitava Marvão. A lembrança que tinha da vila era muito difusa: limitava-se a ter uma imagem do sítio, uma elevação de vertentes escarpadas, coroada pelas muralhas da fortaleza. Da vila e do castelo, não recordava nada em pormenor.
No primeiro fim de semana de Julho, fui a Marvão, com breve passagem por Portalegre para rever o Grande Plátano que continua a dar sombra e frescura às pessoas que ali gostam de se sentar.
Depois de percorrer a estrada cheia de curvas, mas com belos pormenores de paisagem, e passada a Portagem, inicia-se a subida para Marvão. A primeira visão é da imponente escarpa, quase na vertical, que nos aparece no lado direito da estrada. Contorna-se a elevação, passando para a vertente oposta, virada a Nordeste, cujo declive é bastante mais suave e entra-se pelas Portas da Vila.
Nessa sexta-feira, ao fim da tarde, a vila estava estranhamente silenciosa e parecia despovoada. No sábado de manhã, esta sensação mudou com a chegada de pessoas que para aqui se deslocam nos fins de semana, para uma segunda residência.
Logo na manhã de sábado, bastante cedo, comecei a ronda pela vila. O ar estava muito fresco e sobre as elevações e cristas que se avistavam no horizonte havia um manto de nuvens. (Para ver uma imagem em tamanho grande)
No largo em frente do edifício do Posto de Turismo e da Câmara Municipal, foi possível fixar esta imagem de momento.
O castelo medieval de Marvão, envolto numa nuvem, e a Igreja de Santa Maria, de raiz gótica mas remodelada a partir do século XVI e que alberga, actualmente, o interessante museu municipal, o qual merece bem uma visita.
Campanário do convento de Santa Clara, em Elvas.
Púlpito da igreja de Nª Srª da Enxara, Ouguela.
Campanário da Igreja de Nª. Srª da Enxara, Ouguela, e chaminé de casa adjacente.
Nª Srª da Enxara é local de romaria e de procissão durante as celebrações pascais. Na Quinta-Feira Santa a imagem é levada pelos confrades da Igreja de Ouguela para a igreja da Enxara que fica a alguns quilómetros de distância, junto à margem esquerda do Rio Xévora. A procissão de regresso faz-se na segunda-feira a seguir à Páscoa.
O coreto de Portalegre, localizado no Jardim da Avenida da Liberdade, encontra-se em mau estado de conservação.
É frequente encontrar nas terras do Alto Alentejo decorações nas frontarias, sobretudo nas janelas, feitas em relevo no reboco das paredes e pintadas das cores mais comuns nesta região.
Esta casa destaca-se no casario da povoação pela pintura impecável da sua frontaria e pelo contraste entre o branco e o azul do rodapé e do enquadramento de portas e janelas.
Uma das janelas do 1º andar.
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