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O cruzeiro de Cabeço de Vide terá sido erguido no século XVI e é todo feito em mármore.
O cruzeiro, vendo-se, à esquerda, a Igreja do Espírito Santo e, ao fundo, parte do Rossio.
Neste lado da cruz, uma imagem de Nossa Senhora da Piedade.
No lado oposto, Cristo crucificado.
Do Rossio vêem-se as traseiras da Igreja do Espírito Santo. A frente da igreja dá para um largo que se encontrava em obras (finais de Janeiro de 2008). O edifício, recentemente objecto de recuperação, resplandecia na sua brancura, constrastando com o azul do céu.
Vista geral da Igreja do Espírito Santo, cuja construção data do século XVI.
À direita vê-se o cruzeiro.
A representação da Igreja do Espírito Santo e do cruzeiro no painel de azulejo da antiga estação de caminho de ferro, hoje ocupada por uma unidade hoteleira. Intencionalmente, deixei na foto parte da inscrição que se encontra por cima do painel: "Norte Alentejo. Onde o tempo é tempo".
A torre sineira
O portal de mármore da igreja.
O interior da igreja
Cabeço de Vide já foi sede de concelho mas, actualmente, é uma das freguesias do concelho de Fronteira. A página da Junta de Freguesia contém informação histórica sobre a povoação e outros aspectos de interesse.
Quando se chega a Cabeço de Vide, a entrada faz-se pela parte mais baixa onde se localiza o Rossio, um grande rectângulo enquadrado por casas. No topo Norte, há um largo onde se localiza o solar Simas Cardoso, construído no século XVIII que é, actualmente, utilizado para turismo de habitação.
Além deste belo edifício, outros aspectos chamam a nossa atenção: uma chaminé decorada e a Igreja do Espírito Santo.
Chaminé decorada.
No edifício do antigo açougue este conjunto representa, em cima, um cavaleiro medieval, provavelmente, D. Sancho II que conquistou a cidade aos muçulmanos. No painel de baixo, um fantástico touro que se pode ver a seguir, com mais pormenor.
Na parede exterior de um edifício este painel sobre S. João Baptista, com a particularidade de aparecer representado como um menino.
Aparentemente precisará de ser acautelado para não se perder.
Antes da instalação da rede de distribuição de água ao domicílio, as fontes eram elementos fundamentais nas povoações. Numa fase em que as canalizações já estavam feitas, foram instalados alguns fontanários, já dotados de torneiras que evitavam que a água corresse em contínuo.
Estes fontanários têm a particularidade de serem de ferro e de ainda existirem na cidade de Elvas.
Este situa-se no Largo dos Terceiros, em frente da Igreja da Odem Terceira de S. Francisco.
Este curioso candeeiro-fontanário é facil de encontrar porque está próximo do pelourinho (no largo à direita) e das traseiras da Igreja das Domínicas ou de Nossa Senhora da Consolação, pontos obrigatórios de passagem para quem visita Elvas.
Considero que não são apenas as grandes manifestações do património que é imperioso preservar. Na minha opinião, este fontanários e outros que eventualmente existam na cidade, devem ser protegidos e, pelo menos no caso do primeiro, objecto de uma intervenção que garanta que podemos continuar a poder admirá-lo.
Elvas é uma cidade privilegiada no que respeita ao património. É de uma riqueza incalculável mas nem sempre se verifica o respeito pelo património construído e pelo património natural.
A foto que se segue é ilustrativa do que afirmo.
No centro histórico esta casa constitui uma nota dissonante em relação ao resto dos edifícios. Veja-se a marquise que foi acrescentada e coberta por chapa ondulada e o revestimento da fachada.
Numa área onde as casas se foram aglomerando, constrangido o crescimento da cidade pela cintura de muralhas, são poucos os espaços onde cabem algumas árvores. No entanto, onde elas existem, são tratadas do modo que se pode ver por este exemplo.
Concluindo: nesta foto registei dois atentados contra o património.
A pequena aldeia ocupa a vertente sul da encosta. As poucas ruas têm casas tipicamente alentejanas. Algumas revelam a passagem do tempo e encontram-se mais ou menos degradadas. Também se vêem casas recuperadas e muitas com anúncios para venda.
No nosso passeio pela povoação fomos abordados por uma senhora que pretendia saber se andávamos à procura de casa para comprar. Ela própria tinha uma casa para vender. Perante a nossa resposta de que não queríamos comprar casa, foi-nos informando que houve tempo em que muita gente procurava adquirir uma segunda habitação na aldeia. Agora, com a crise, esse movimento praticamente parou.
Casas de uma das ruas da aldeia.
Parece um beco, mas é uma rua que continua à esquerda.
Pormenor de uma casa recuperada e chaminé decorada.
Casa e roupa a secar.
A igreja de Alter Pedroso ergue-se sobre o afloramento de rochas. Foi construída no século XV e alterada no século XVII, sendo o portal e a torre os elementos de raiz medieval. Foi dedicada a Nossa Senhora das Neves.
Quem se interessa por árvores e se indigna contra as "podas" radicais, vale a pena ler o artigo do Arquitecto Francisco Paiva, transcrito na Sombra Verde.
Alter Pedroso pertence actualmente ao concelho de Alter do Chão, ficando a cerca de 3km da vila.
A estrada percorre uma superfície relativamente plana, mas que se ergue abruptamente quando nos aproximamos da povoação. Embora sem grande rigor, porque o único documento que tenho disponível é o Mapa Geológico na escala 1:500.000, Alter Pedroso situa-se num afloramento de rochas eruptivas ante-hercínicas, rodeado por formações mais recentes, correspondentes ao Paleozóico. As rochas que se podem observar são, portanto, das mais antigas da Península Ibérica.
A sua posição alcandorada no cimo de um monte limitou a sua condição de sede de concelho, que ainda detinha no século XVI. Numa área mais plana cresceu a vila de Alter do Chão, num processo muito semelhante ao que determinou a decadência de vilas como Monsaraz, e o desenvolvimento de Reguengos de Monsaraz, ou, na Estremadura, de Ourém, por Vila Nova de Ourém.
Alter Pedroso foi sempre uma pequena povoação. No século XVI tinha apenas 18 moradores, ou seja, entre 72 e 90 habitantes e, actualmente, tem 96 habitantes.
O caminho permite levar o automóvel até ao ponto mais elevado, indicado pelo marco geodésico. Aqui se encontram restos do castelo medieval, datado do século XIII e as ruínas da pequena capela de S. Bento. Vale a pena subir ao cimo do monte e aceder ao miradouro que rodeia o marco geodésico e admirar a paisagem que se desenvolve para o quadrante Norte. Vêem-se as vilas de Alter do Chão, Crato e a cidade de Portalegre pontuando uma imensa área de montados e de campos de cultura. Destaca-se, para Nordeste, a Serra de S. Mamede. (ver aqui)
Restos da muralha e de uma torre do castelo medieval.
A única porta gótica que ainda existe.
A azinhaga de acesso ao castelo. Quase podemos imaginar o som dos cascos dos cavalos subindo este caminho em direcção à fortificação.
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