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S. Vicente

por Júlia, em 30.03.07

 

A primeira vez que estive na aldeia de S. Vicente foi numa noite em que, com um grupo de amigos, fui jantar a um restaurante afamado na região pela sua boa comida alentejana.

S. Vicente é uma aldeia do concelho de Elvas, atravessada pela estrada que liga esta cidade à aldeia de Santa Eulália.

Ao longo desta via perfilam-se pequenas casas que nada teriam de extraordinário se não exibissem umas enormes chaminés.

 

 

É bem visível a dimensão das chaminés, quando comparada com a das casas.

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publicado às 11:29

Cistus

por Júlia, em 28.03.07

 

As plantas do género Cistus começaram a florir.

Entre elas, destacam-se as estevas, de porte arbustivo, com os botões e as folhas cobertas por uma resina viscosa que espalham no ar um cheiro muito agradável, sobretudo à tarde.

Nalgumas áreas, devido à limpeza dos terrenos, aparecem apenas nos limites das propriedades, ladeando os caminhos. Em terras não cultivadas, constituem povoamentos densos e extensos que, nesta época se cobrem de miríades de pontos brancos.

 

 

Flores da esteva

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Um Cistus de menor porte que a esteva e flores mais pequenas

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Pormenor da planta anterior

 

Para a Idalina Jorge, a lembrança destes dias de Primavera, no Alentejo.

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publicado às 11:17

Imagens de Estremoz

por Júlia, em 27.03.07

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Nesta foto é visível o tratamento dado às árvores, imagem cada vez vulgar em várias cidades e vilas.

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publicado às 16:36

Olaias

por Júlia, em 26.03.07

As olaias (Cercis siliquastrum L.) são árvores de folha caduca, muito difundidas no Sul da Europa.

Na Primavera surgem as flores e só depois as folhas.

Conjunto de olaias, ladeando a estrada Elvas - Campo Maior. 25 de Março de 2007

 

Ramo de olaia

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publicado às 14:10

Janelas de Estremoz

por Júlia, em 25.03.07

Estremoz é uma cidade que merece uma visita.

Muitos são os aspectos que interessa observar. Mas salta à vista a beleza das cantarias de mármore que enquadram as janelas, bem como a riqueza e variedade dos ferros que servem de guarda às varandas.

De passagem por Estremoz, percorremos algumas ruas e registámos alguns apontamentos.

 

 

 

Em Estremoz, como acontece noutras terras, também o emaranhado dos fios constitui uma nota dissonante na beleza das fachadas dos edifícios.

 

Sinal dos tempos na paisagem urbana das nossas vilas e cidades: loja de chineses no rés-do-chão de um belo edifício.

Varanda envidraçada, semelhante às "cristaleras" ou "miradores", muito frequentes nas casas das cidades espanholas.

 

 

 

 

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publicado às 15:57

Água

por Júlia, em 23.03.07
Ontem celebrou-se o Dia da Água.
A água é um bem indispensável para a vida e que escasseia em muitas partes do mundo. Num dos canais da televisão espanhola, abordava-se o problema da falta de água em algumas regiões, com as albufeiras das barragens a apresentarem níveis muito baixos.
 
A exploração intensa dos aquíferos tem levado à diminuição das reservas de água. Os reservatórios à superfície dependem do regime das precipitações que, no caso do nosso país, é muito irregular. Os verões quentes e secos determinam também elevados valores de evaporação, contribuindo para a diminuição da água das albufeiras.
 
É fundamental que se adoptem políticas de constituição de reservas de água e de uso racional deste recurso.
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 Albufeira da Barragem do Caia
A ilha, em anos de seca e no verão, passa a fazer parte de uma península
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A agricultura é o sector que mais consome água. No Alentejo, as barragens foram construídas fundamentalmente para promover, no perímetro definido pela extensão dos canais de rega, a substituição da agricultura tradicional de sequeiro, por culturas de regadio. A Barragem do Caia é uma delas. Actualmente serve também para abastecimento público.
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Barragem do Caia

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O cilindro de pedra que se encontra na barragem (existem outros iguais noutras barragens) mostra claramente qual o objectivo da sua construção: a rega. No entanto, a leitura da inscrição esclarece sobre os efeitos fantásticos que a rega iria desencadear não só no plano económico, mas também no plano social. Datada de 1967, pode ler-se:
 
“A rega é considerada magno problema de interesse simultaneamente económico, social e militar que como nenhum outro contribuirá para a valorização do património nacional, para a criação de riqueza pública, para a absorção do nosso excesso demográfico e para o desenvolvimento do comércio interno e externo do país.
 Salazar”

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publicado às 16:41

Equinócio

por Júlia, em 21.03.07

Acontecimento mágico desde tempos remotos. Com a igualdade da duração do dia e da noite, termina, para os habitantes do Hemisfério Norte, a primazia da noite sobre o dia. O equinócio é associado ao renascer da vida, ao começo de um novo ciclo em que a natureza e a alegria do seres vivos vencem as sombras e a letargia provocadas pelas longas e frias noites de Inverno.

Celebremos o início da Primavera com flores, com as flores que alegram o meu jardim.

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Kalanchoe amarelo alaranjada

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Kalanchoe vermelha

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Jacintos que se destacam, não só pela beleza das flores, como pelo intenso perfume.

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publicado às 15:31

Loureiro

por Júlia, em 19.03.07

O meu pequeno loureiro que vive num vaso, este ano encheu-se de flores.

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publicado às 16:45

Gerânio rosa

por Júlia, em 18.03.07

Tem florido durante todo o ano. Mas agora, as flores brilham ao Sol desta quase Primavera.

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publicado às 21:29

Educação inclusiva

por Júlia, em 16.03.07
No episódio de 4ª feira, dia 14 de Março, da novela “Páginas da Vida”, transmitida pela SIC, assistiu-se a um notável diálogo entre a personagem Helena, mãe de uma criança com Trissomia 21, e a directora de uma escola de ensino especial. Tratava-se do dilema da escolha, pela mãe, entre uma escola de ensino “regular” ou uma de ensino especial. Este episódio transportou-me anos atrás, para o início de um ano lectivo em que me foi atribuída uma turma de pouco mais de 20 alunos que, como me foi comunicado, tinha alguns alunos sinalizados como tendo algum tipo de deficiência.
Segui estes alunos durante dois anos, no 8º e 9º anos de escolaridade. Era uma turma muito heterogénea. Agora, lembrei-me claramente de alguns deles.
O Bernardo, aluno bonito e brilhante, daqueles de quem se diz que é “um aluno de cinco a tudo”. Ele e os pais, legitimamente, interrogavam-se sobre se não seria prejudicial continuar nesta turma, se não seria melhor pedir para mudar para outra sem alunos problemáticos. Porque as expectativas que tinham sobre o futuro académico do Bernardo eram muito elevadas. Mas acabou por ficar. A última vez que o vi, estava a frequentar o Instituto Superior Técnico.
A Marisa, uma das tais alunas sinalizadas, no início do ano acompanhava com relativa facilidade as actividades dos outros alunos. Mas à medida que o tempo passava, invadia-a um cansaço que aumentava progressivamente. A partir de certa altura, não conseguia acompanhar os colegas. E só com muito incentivo ela cumpria algumas das tarefas que lhe eram propostas.
O Serafim, sempre risonho e bem disposto, tinha muita dificuldade em acompanhar algumas disciplinas. Mas era emocionante ver o seu caderno sempre muito bem organizado, com uma letra muito bem desenhada. E o orgulho com que me apresentava os trabalhos que tinha feito em casa, voluntariamente e por sua iniciativa.
A Soraia era a que tinha maiores dificuldades e que se esforçava menos. Estava ausente a maior parte do tempo.
Os restantes alunos não apresentavam problemas de aprendizagem e iam cumprindo o seu percurso escolar.
Nunca mais vi nenhum deles.
Além dos aspectos relacionados com a aprendizagem, havia outro problema: controlar e contrariar a tendência de alguns para gozarem e humilharem os menos dotados, não só do ponto de vista intelectual, mas também do ponto de vista físico. A crueldade que se manifesta nas relações entre adolescente reveste-se, por vezes, de grande violência.
Na altura, não me lembro de haver qualquer discussão, na escola, sobre a vantagem ou a desvantagem da inclusão de alunos com necessidades educativas especiais em turmas do ensino “regular”. Talvez porque sabíamos todos muito pouco sobre este assunto e não tínhamos dados para ter uma opinião formada. Depois, oficialmente, a inclusão fora decretada e não podíamos fazer mais do que cumprir. É claro que tínhamos uma professora de apoio que aparecia lá de vez em quando e nalgumas reuniões de conselho de turma, mas com uma função mais burocrática do que pedagógica.
Do diálogo que referi no início, na novela, retive a opinião da directora da escola (cito de memória): do ponto de vista teórico, a inclusão será a opção ideal; mas a prática, pelos obstáculos que apresenta, pode funcionar em sentido contrário aos objectivos da inclusão. Em vez de potenciar o desenvolvimento das crianças, pode desencadear processos de rejeição e contribuir para acentuar a exclusão.

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publicado às 15:49

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