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Pretende-se, todos pretendem, ver reduzidas as taxas de insucesso escolar de modo que se aproximem dos valores que apresentam noutros países, nomeadamente nos países europeus. É muito constrangedora a nossa situação em termos de escolarização quando comparados com outros países nossos parceiros na União Europeia. E muito pior quando pensamos nas consequências desta situação para o desenvolvimento do país.
Temos uma realidade muito dual: por um lado pessoas altamente qualificadas que podem competir com qualquer outra seja de que país for; por outro, uma massa enorme de pessoas com poucas qualificações, que mais não podem ser que trabalhadores indiferenciados.
O sucesso educativo depende de muitos factores. À partida depende da vontade de aprender dos alunos. A motivação para aprender pode existir na pessoa, sem qualquer estímulo exterior. Deste modo, torna-se fácil atingir o sucesso, o que acontece com grande parte dos bons alunos.
Outros há que necessitam de ser motivados para aprender. Esta motivação pode nascer em casa, seja porque estão integrados em famílias com elevado grau de instrução, seja porque a família tem elevadas expectativas sobre os efeitos da educação em termos sociais e profissionais. Mas se as famílias não estimularem as crianças e os jovens para a necessidade de aprender? Creio que, neste caso, tem de haver campanhas que mostrem os efeitos para o futuro dos jovens de uma instrução reduzida e insuficiente. Os pais têm uma responsabilidade de que não se podem escusar. As acções de esclarecimento poderiam ser da iniciativa estatal, embora acções centradas nas escolas e dirigidas às comunidades locais também fossem importantes, dado o factor proximidade e conhecimento da realidade de cada uma.
Mas a motivação também pode ser desencadeada na escola, através das práticas profissionais dos professores, bem como por influência do grupo de amigos. Nestes casos, os alunos beneficiam de contextos favoráveis ao sucesso.
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